quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Contradições e Incoerências de 'Jampa"

Há muito não escrevo por aqui, mas provocado por um artigo publicado pelo sociólogo, Jampa, com o título "João Paulo e as mudanças no Cenário Global" no seu blog http://jampapernambuco.wordpress.com/, resolvi expor minhas ideias nesse espaço.

O seu artigo pode ser visto na íntegra no link acima, gostaria de focar em alguns aspectos que parecem incoerentes e contradiórios. Vez por outra acompanho seu blog e percebo sua disposição para o debate, o que me deixa a vontade para comentar seu texto.

Diferente de Jampa, sou radicalmente contra a personalização na política, acredito na organização coletiva e que os Partidos políticos são ainda hoje instrumentos importantes, tendo o PT como o principal deles no referencial e no imaginário popular. Se um político trabalha por um projeto pessoal, messianico, isso não me interessa, eu combato esse tipo de prática. Defendo o projeto de Reforma Política apresentado pelo PT, que os deputados João Paulo, Ferro e o Senador Humberto Costa são porta-vozes.

Sou militante orgânico do PT há mais de dez anos em Recife, não lembro de tê-lo econtrado em uma panfletagem sequer, o conheci na militância virtual, desconheço quais são as oligarquias existentes no PT. É um partido com diferenças de pensamentos e interesses, mas que unifica nos momentos de disputas maiores. Construindo alianças com outros partidos e principalmente com as "pautas" do povo. É fato que quem sai candidato majoritário pelo PT, já tem pelo menos 20% dos votos, que é uma base consolidada, sobretudo nas capitais.

O que mais me deixa intrigado é quando Jampa fala "os partidos hoje em dia não passam de facções cartoriais manipuladas pelos interesses das oligarquias", ora, porque então se filiou ao Partido dos Trabalhadores e colocou seu nome como pré-candidato a deputado estadual na eleição passada. Seria um mero interesse por um "cartório eleitoral" ou a fundação de uma nova oligarquia? Pelo meu humilde entendimento, oligarquia tem haver com concentração não mão de poucos, tem haver com famílias no controle.

Sinto-me representado pelo governo João da Costa que é de continuidade ao de João Paulo. Com vários técnicos e dirigententes políticos que participaram e participam das três gestões. Um Governo que é público não é privado, que é construído coletivamente. Que por exemplo, esse projeto dirigido pelo PT com os demais partidos aliados, construiu nos últimos três anos em Recife, dezesseis conjuntos habitacionais, deve chegar a meta erradicar as palafitas na cidade, que cresce a cada ano sua avaliação no IDEB, que fechou agosto com a maior geração de empregos de carteira assinada entre capitais do país, que aumentou a participação da população e os investimentos em obras definidas no Orçamento Participativo, que mantém um alto padrão de carnaval multicultural, consolidou o programa de Saúde da Familia, duplicou o número de academias da cidade, que inova e apresenta soluções viárias para o futuro da cidade, enfrenta a discussão da mobilidade, do crack, em parceria com o governo estadual e federal. Isso tudo mostra que é um governo que tem lado, que tem projeto e que os princípios estão fincados nas bandeiras históricas defendidas pelo PT, que o tornaram o partido de maior referência na América Latina, que gerou Lula, que gerou Dilma.

Só não entendo, com essa opinião, porque o nobre Jampa continua filiado ao PT. Se tudo é cartório, oligarquia... poderia ir para o DEM, por exemplo.

PS.: Isso são só ideias, respeito as opiniões de Jampa, só que discordo de quase todas.  

domingo, 1 de maio de 2011

Hoje tem uma decisão histórica nos Aflitos (paz para todos nós!)

Essa camisa foi do time do Náutico de 74. Naquele ano o Santa Cruz disputava o Hexa e o Timbu impediu os tricolores os derrotando na final.

Nesse domingo o Sport vai enfrentar o timbuzinho nos Aflitos, perdemos o primeiro por 3 a 1 e vamos pra cima tentar reverter esse quadro. Em uma semana marcada pela denúncia de uma possível tentativa de suborno de pessoas ligadas ao time da Ilha para o meia alvirrubro, Eduardo Ramos, todos os requintes de dramaticidade vão permear decisão: o Sport quer o Hexa que para nós é Luxo e o Santa já tá na final. A história e a rivalidade movem multidões. Que o poder econômico interfere no esporte não é novidade, aliás o capitalismo se reproduz muito forte no sistema do futebol. Para a massa que se envolve, se encanta, sofre, vibra, a paz tem que ser a tônica. Quem gosta de futebol, gosta pelo prazer da disputa, da emoção, da arte, "que vença o melhor". A torcida, em geral, não tem nada haver com os que acham que os fins justificam os meios. 
  
Segunda-feira somos cidadãos, irmãos, camaradas, uns mais felizes, outros tristes. Seremos milhares de anônimos tricolores, alvirubros, robro negros anônimos. Espero que tudo corra bem, que o Náutico vá pra cima com o caldeirão fervendo, ganhe na bola e a rapazeada se respeite.

Vou com esse manto sagrado porque quero expressar minha paixão pelo Timbu e a cidade tem que tá colorida com o contraste que faz a beleza nos estádios, é festa!

Mando um Salve para a moçada da Fanáutico, da Jovem e da Inferno! #énóis

P.S.: se perder vou ficar arrasado!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Terraço vira Palco do Coco de Roda


Ainda não havia escurecido quando nas margens da Rodovia Paulo Petribu, no Terreiro Sítio de Seu Guerra, o locutor anunciou a abertura do Primeiro Encontro de Coco de Roda da Mata Norte, dentro da programação do Festival da Mata Norte promovido pela Secretaria de Cultura do Estado, em Lagoa de Itaenga, no sábado 09 de abril.
Num terraço cercado de 60m2, coberto com telha, foi onde aconteceu a “Roda”. O lugar também funciona como sede da Associação de Agricultoras das comunidades de Arrombados, Açude de Pedra, Angico, Eixo Grande e Quatis e é uma espécie de centro cultural da região. Acontecem por lá, oficinas de estandartes, encontros de cavalo marinho, ensaios de quadrilha organizados pelos moradores.
Um palco, um som, três microfones. Quatro grupos de Coco de Roda. Um ganzá, um bombo. Um canta e outro responde. E está feita a composição do conjunto. Os Mestres Bio Caboclo, Zito Tetê, Pita e Borges Lucas cantaram Coco.
Mais de 400 pessoas passaram por lá. Vindo de moto, de bicicleta, a cavalo ou a pé. Gente de todas as idades, em dança circular por horas seguidas, fazendo os passos característicos do Coco. Batendo o pé no chão, suando, cantando felizes. “O povo aqui é muito participativo. A gente sabe que o povo está gostando, porque está todo mundo rindo, dançando sem parar.” disse o produtor cultural do evento, Wellington Silva.
Os artistas também expressaram sua satisfação. Segundo Mestre Pita, “foi muito boa essa oportunidade. Antes a gente só cantava longe e mesmo assim tinha que ter influência e muito contato, não dava pra todo mundo”.
“É uma alternativa muito boa do governo, faz o povo se sentir feliz, faz aparecer artista novo”, disse Bio Caboclo, que na oportunidade aproveitou para vender dezenas dos seus discos. Borges Lucas complementou: “aqui, a gente está sendo bem remunerado”.
Já Manoelzinho Salu, presidente de Associação de Maracatus de Baque Solto, falou do impacto de uma ação de Governo do Estado com essa ação. “O fato dos artistas tocarem aqui no Terreiro, perto do povo deles, os valoriza como artistas perante a comunidade e fortalece a tradição, chamando a atenção dos jovens para a cultura popular”, afirmou.