quarta-feira, 10 de março de 2010

Rede Brasileira de Orçamento Participativo

Entre 4 e 6 de março, aconteceu em João Pessoa, o V encontro da Rede Brasileira de Orçamento Participativo. A Rede tem como objetivo, entre outros, articular experiências de democratização do orçamento, fortalecer tais iniciativas e promover interação entre as cidades participantes. Estive com o companheiro Rodrigo Callou representando a Prefeitura do Recife. Cerca de 30 municípios presentes, dentre as capitais, além do Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte, Vitória, João Pessoa e Fortaleza, as regiões Norte e Centro-Oeste ainda não têm municípios que aderiram a Rede, de Pernambuco, Paudalho, Cabo e Igarassu. Poucas cidades levaram pessoas da sociedade civil, o que foi muito questionado. O V encontro transferiu a coordenação da cidade de Belo Horizonte para Guarulhos, planejou as ações do ano corrente, redefiniu os grupos de trabalho e suas composições. Recife, estava distante da rede nos últimos anos, por conta das demandas locais e por divergências sobre o papel político dessa articulação. Métodos diversificados, partidos hegemonicamente de esquerda, sobretudo, PT e PSB, a histórica Porto Alegre, agora com o PMDB, quiseram negar a história de 16 anos, mais não ficou de graça, havia até quem não tivesse OP, há compreensões e interesses variados, embora haja unidade de pensamento no contexto geral. Recife, estava afastada, chegou quase como observadora e saiu com destaque, em alguns momentos foi o centro das atenções. É notório que o OP desenvolve bem quando o projeto político que dirige a cidade tem a participação e a democratização como princípio. Defendemos nossas práticas e idéias, seguidos pela maioria, OP de massa, democracia direta, participação universal, democratização de todo o orçamento público, formação política através do exercício da cidadania. O OP digital, por exemplo, existe hoje apenas em Recife e BH, não que tenha que ser regra, aliás pode ser fachada. O Recife tem o maior volume de investimentos e a maior participação, para o espanto de algumas pessoas que queriam entender como se consegue pra fazer tanta gente participar. Embora o ser-humano tenha tendência de puxar as virtudes para o seu lado e os defeitos para os outros, é fato, Recife tem o mais avançado programa de participação popular entre médias e grandes cidades np Brasil, o que não é pra comemorar, o ideal era que tivéssemos essa força política nos diversos estados, no OGU. Foram bons contatos e novas reponsabildades, participar dos GT`s de expansão e memória, afim de contribuir, aprender e fortalecer experiências de OP e semelhantes.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Minha mamãe, meio século

Hoje, 03 de março de 2010, é um dia muito especial pra mim, é o dia que minha linda mãe, Jacinta, completa 50 anos, meio século de uma linda história. Ela nasceu em São Paulo, filha de Noêmia e Zé Monteiro, logo veio pra Pernambuco, Arcoverde, onde estudou e casou. Teve três filhos, com eles ainda crianças veio pro Recife, tentar ganhar a vida, sem "chão", sem teto, sem formação superior, abriu mão de um padrão de vida da pequena burguesia, pra conquistar sua emancipação, sua liberdade, sua dignidade e fez de tudo pra defender seu grande patrimônio, segundo ela, seus filhos. Trabalhou em várias coisas diferentes, restaurante, loja de confecção, oficina mecânica, etc... Até que entrou pra área de saúde, pela base da pirâmide, o que também me orgulha, se tornou auxiliar de enfermagem, um trabalho duro, que gera plantões noturnos expõe sua saúde, mas feliz do paciente que cai em sua mão, quem a conhece sabe do seu zelo e do seu amor ao próximo, sem nenhum pieguismo hipócrita, minha linda mãe é a pessoa mais generosa que eu conheço. Os filhos cresceram, ficaram adultos e ela voltou pro sertão, saiu dessa vida de disputa, correria e mal humor da capital, cuidar dos seu velhinhos, ficar mais perto de Caio meu irmão, e descobrir uma nova paixão, ela viveu poucos amores, pois sempre se colocou em segundo plano, mas foi muito desejada, isso sim, pois minha mãe sempre foi gata, fina, uma mulher pra casar, mas ela sempre priorizou os filhos. O que me incomoda só na minha mãe é seu excessivo altruísmo, sempre tem alguém ou algo mais importante, que precise mais dela, isso na cabeça dela. Ela tem uma única neta, Yasmin, que é o grande amor dela hoje, mas não tem competição, ela tem uma capacidade de amar plenamente extraordinária. Linda, gata, inteligente, não cabe num post desse, só pra registrar esse dia especial, de 50 anos de uma grande mulher, guerreira, que ajuda a equilibrar esse mundo que tem tantas atricidades, na polarização entre o bem e o mal ela tá no núcleo duro do bem, minha referência. Jacinta, Jaci, Vovó Jacinta, Mãe, Mamãe... AMO MUITO! Parabéns!

Senador? Voto pelo fim do senado

Na pauta política, o debate do PT para definir um candidato a Senador, um nome, não, o PT tem vários com peso para disputa, até sem tanto peso, um militante da base já largaria bem posicionado com unidade partidária. Se é pra ter, teremos e elegeremos, entretanto, devemos aprofundar um reflexão sobre o papel do Senado Federal, uma casa que abriga as principais raposas da política, olígarcas, ricos, os mais conseradores, uma casa que emperra pautas, veta decisões amadurecidas na sociedade e na câmara, lugar onde se barganha, se exerce um poderoso tráfico de influência e atrasa o desenvolvimento do país. Seu papel constitucional descaracterizado, quantos de fato representam seus estados para além de interesses setoriais, pessoais e econômicos. Quantos Sarneys, ACM`s, Barbalhos precisam ser cristalizados... O cara entra pra um mandato de longos 8 anos, muito bem remunerado, super aparelhado e instrumentalizado, já começa acomodado. Essa instância deveria ser abolida e isso deveria ser o centro do debate.