Entre 4 e 6 de março, aconteceu em João Pessoa, o V encontro da Rede Brasileira de Orçamento Participativo. A Rede tem como objetivo, entre outros, articular experiências de democratização do orçamento, fortalecer tais iniciativas e promover interação entre as cidades participantes. Estive com o companheiro Rodrigo Callou representando a Prefeitura do Recife. Cerca de 30 municípios presentes, dentre as capitais, além do Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte, Vitória, João Pessoa e Fortaleza, as regiões Norte e Centro-Oeste ainda não têm municípios que aderiram a Rede, de Pernambuco, Paudalho, Cabo e Igarassu. Poucas cidades levaram pessoas da sociedade civil, o que foi muito questionado. O V encontro transferiu a coordenação da cidade de Belo Horizonte para Guarulhos, planejou as ações do ano corrente, redefiniu os grupos de trabalho e suas composições. Recife, estava distante da rede nos últimos anos, por conta das demandas locais e por divergências sobre o papel político dessa articulação. Métodos diversificados, partidos hegemonicamente de esquerda, sobretudo, PT e PSB, a histórica Porto Alegre, agora com o PMDB, quiseram negar a história de 16 anos, mais não ficou de graça, havia até quem não tivesse OP, há compreensões e interesses variados, embora haja unidade de pensamento no contexto geral. Recife, estava afastada, chegou quase como observadora e saiu com destaque, em alguns momentos foi o centro das atenções. É notório que o OP desenvolve bem quando o projeto político que dirige a cidade tem a participação e a democratização como princípio. Defendemos nossas práticas e idéias, seguidos pela maioria, OP de massa, democracia direta, participação universal, democratização de todo o orçamento público, formação política através do exercício da cidadania. O OP digital, por exemplo, existe hoje apenas em Recife e BH, não que tenha que ser regra, aliás pode ser fachada. O Recife tem o maior volume de investimentos e a maior participação, para o espanto de algumas pessoas que queriam entender como se consegue pra fazer tanta gente participar. Embora o ser-humano tenha tendência de puxar as virtudes para o seu lado e os defeitos para os outros, é fato, Recife tem o mais avançado programa de participação popular entre médias e grandes cidades np Brasil, o que não é pra comemorar, o ideal era que tivéssemos essa força política nos diversos estados, no OGU. Foram bons contatos e novas reponsabildades, participar dos GT`s de expansão e memória, afim de contribuir, aprender e fortalecer experiências de OP e semelhantes.