domingo, 11 de julho de 2010

Dunga foi coerente

Desde a convocação da seleção, meu coração de torcedor estava um pouco magoado. Apesar do peso, queria Ronaldo lá por sua história, liderança e faro de gol. Ronaldinho Gaúcho mesmo tendo poucas atuações boas pelo Brail tava jogando demais no Milan já foi campeão do mundo e mereceia uma vaga. Preocupou o ôco da lateral esquerda e a ausência do brilho de Neymar, do craque Ganso que se individualmente já eram muito bons tinham um entrosamento com Robinho acummulado das atuações no Santos.
Há de se considerar que Dunga foi muito coerente na sua escolha, coerente não com o futebol arte, mas com o trabalho que ele fez nos últimos 4 anos. Ganhou a Copa américa e a Copa das Confederações, bronze nas Olimpíadas da China e classificou o Brasil com moral pra Copa. A base dessas conquistas estavam representadas nesse elenco.
Júlio César, incontestável, falhou contra a Coréia do Norte e contra a Holanda. Kaká teve raros lances de brilho, ainda fez três assistências, mas ficou muito aquém do que era esperado. 
Jogamos muita bola no primeiro tempo contra a Holanda, no segundo tempo levamos um nó tático e os craques holandeses enterraram nossa equipe junto com Felipe Melo que deu o passe mais desconsertante da copa e fez a maior insanidade também.
Dunga definitivamente não está a altura de Felipão, não o queria na seleção. O Brasil que ele montou, desmoronou.
Apesar disso, três motivos me fazem saudá-lo: 1- Sua coragem e autoconfiança; 2- O enfrentamento a Globo, que forçou Ricardo Teixeira a ter que ir beijar a mão do império da comunicação depois da eliminação; 3- Não cedeu as pressões do mercado da bola que o forçavam a levar jogadores financeiramente  mais rentáveis.